Ontem foi um dia especial. O motivo? Viver 50 anos não é fácil não, diante das dificuldades da vida, do que ela nos oferece em muitos momentos, seja algo bom ou ruim; dou graças a Deus por ter a saúde que tenho, embora no momento eu esteja mais consciente de que preciso correr atrás para conseguir mais, ou seja, a partir de agora estou mais "pé no chão" que nunca, fazendo muito mais por eu mesma do que em toda minha vida.
Já vivi grandes alegrias, aventuras, ilusões, desilusões, já caí feio, já saí do sério, já errei muito, tive grandes dúvidas, muitos receios, já chorei de alegria, felicidade, tristeza, já pari... E se tiver tempo ainda, vou viver muito todos esses sentimentos por várias vezes, até acrescentar mais, quem sabe? (exceto parir de novo, veja bem!)
Já brinquei de soltar pipa, jogar bola de gude, de pique-esconde, de pular corda, de teatro, já peguei brinquedo velho no lixo, já peguei briquedo desejado na casa do vizinho e devolvi imediatamente por motivos óbvios e para aprender cedo que o que é dos outros não se pode desejar a esse ponto, já levei um tapão do meu irmão que caí sem conseguir respirar, já fui a tantos piqueniques na Quinta da Boa Vista quando criança e nunca enjoei, já desejei ter uma festa de aniversário sem a menor condição financeira e minha irmã, mesmo trabalhando como doméstica, atendeu meu desejo, além de bolo, refrigerante, ganhei até um vestido lindíssimo para o momento (insequecível, festa única na minha vida).
Nunca levei uma surra de meu pai, mas minha mãe já me deu muitas vassouradas, mesmo porque eu nunca corri nos momentos em que ela ficava enfezada! Já acreditei em Papai Noel, todo ano colocava no meu sapato um bilhete para ele, ganhava sempre os brinquedos mais simples, afinal Papai Noel não podia me dar nada caro, mas teve um telefone de plástico que nunca me saiu da memória por ter me encantado tanto com ele, me apaixonei pelo brinquedo!
Lembro de ADORAR FICAR DOENTE, pasmem! Poxa, meu pai, com 7 filhos para tomar conta e dar conta, alguns já trabalhando e ajudando financeiramente do jeito que conseguia, ele vigia noturno, passávamos certas necessidades que eu, ainda criança, não enxergava, tudo era um conto de fadas, a alimentação restrita não me chamava a atenção, mas ficar doente eu gostava PORQUE PERDIA O APETITE E DAÍ EU TINHA O DIREITO DE IR NA PADARIA COMPRAR O PÃO QUE EU QUISESSE, ou seja, caía no pão doce, tão amado, mas muito mais caro que o pão de sal a que tínhamos direito diariamente. Então, febre, bem-vinda!! :)))
Obrigada a todos por tantas palavras meigas, carinhosas, pela minha alegria em off com os meus! Que toda felicidade a mim desejada retorne a cada um em dobro! Só tenho a agradecer...
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Você por aqui, que bom!
Obrigada pela visita, breve
irei te visitar, bjs da Alda!