Uma mãe passa por tudo na vida, quem sou eu que achava que nunca passaria?
Pois bem, estou aqui para expor os sentimentos terríveis pelos quais passei, a começar de uns meses atrás. Um dia de repente, meu filho passou a sentir uma dor fortíssima, descontrolada, na qual ele não sabia explicar e muito menos eu, quando seguimos os dois para o Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio, onde o meu filho tomou soro, injeções e passamos no médico que nos disse para ele tomar cuidado com enlatados, passando uma receita onde listava remédios para gastrite: ficou claro para nós que meu filho estava com gastrite, ele passou a seguir uma dieta em cima disso, através da internet buscamos todas as armas para nos precaver de um próximo ataque da doença e continuamos levando a vida, quando veio a segunda crise, meu filho estava no quartel e de lá mesmo o levaram para o HCE, onde foi dito com veemência o que ele sofria e que era a gastrite de novo... Os médicos passaram novos remédios para gastrite e o mandaram para casa, depois de medicado e sem dores.
Exatamente um mês depois meu filho em uma sexta-feira, saiu com amigas para um chopp, onde comeu batatas fritas, cerveja, manjubinha frita (tudo o que não podia comer) e amanheceu o dia com dores fortes, imediatamente eu disse que só passaria qualquer tipo de dor indo no hospital, e ele não quis ir, pois tomando os remédios ajudaria...
Passou o sábado inteiro tomando medicamentos em casa, vomitando e as dores não acabavam, enquanto a ida ao médico o teimoso não ia, mesmo eu fazendo um terror psicológico, nada feito e o domingo veio com tudo o que não deveria, meu filho já não sentia as pernas, gritava de dor, não se mexia, não se virava sozinho, bebia água na seringa... Febres altíssimas, durante todo esse tempo, a boca de meu filho ficou toda cortada e eu, sem nada poder fazer, vendo o grito de dor nos olhos de meu filho e o desespero tomando conta de meu ser também.
Quando amanheceu a segunda-feira, consegui contato com o quartel, vieram buscá-lo de ambulância, o levantaram à força, mesmo com os gritos, colocaram em uma cadeira de rodas e se foram, me dizendo que o levaria para o HCE (Hospital Central do Exército). Esperei, rezando, o resultado, o dia se passou e à noite, por volta de 6 da tarde, me ligaram, avisando que meu filho tinha sido operado às pressas, pois ele não teve uma crise de gastrite e sim de apendicite, que eu deveria ir para o Hospital acompanhá-lo.
É ver o mundo desabar diante de seus olhos, mas tentar se manter de pé, firme, esquecer a sua dor para tomar conta da dor do próximo e eu não estava pronta para o que viria a seguir...
(continuarei, com certeza, esse post, breve)
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Você por aqui, que bom!
Obrigada pela visita, breve
irei te visitar, bjs da Alda!