quinta-feira, 12 de julho de 2012

Dores lancinantes de uma mãe

Uma mãe passa por tudo na vida, quem sou eu que achava que nunca passaria?
Pois bem, estou aqui para expor os sentimentos terríveis pelos quais passei, a começar de uns meses atrás. Um dia de repente, meu filho passou a sentir uma dor fortíssima, descontrolada, na qual ele não sabia explicar e muito menos eu, quando seguimos os dois para o Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio, onde o meu filho tomou soro, injeções e passamos no médico que nos disse para ele tomar cuidado com enlatados, passando uma receita onde listava remédios para gastrite: ficou claro para nós que meu filho estava com gastrite, ele passou a seguir uma dieta em cima disso, através da internet buscamos todas as armas para nos precaver de um próximo ataque da doença e continuamos levando a vida, quando veio a segunda crise, meu filho estava no quartel e de lá mesmo o levaram para o HCE, onde foi dito com veemência o que ele sofria e que era a gastrite de novo... Os médicos passaram novos remédios para gastrite e o mandaram para casa, depois de medicado e sem dores.
Exatamente um mês depois meu filho em uma sexta-feira, saiu com amigas para um chopp, onde comeu batatas fritas, cerveja, manjubinha frita (tudo o que não podia comer) e amanheceu o dia com dores fortes, imediatamente eu disse que só passaria qualquer tipo de dor indo no hospital, e ele não quis ir, pois tomando os remédios ajudaria... 
Passou o sábado inteiro tomando medicamentos em casa, vomitando e as dores não acabavam, enquanto a ida ao médico o teimoso não ia, mesmo eu fazendo um terror psicológico, nada feito e o domingo veio com tudo o que não deveria, meu filho já não sentia as pernas, gritava de dor, não se mexia, não se virava sozinho, bebia água na seringa... Febres altíssimas, durante todo esse tempo, a boca de meu filho ficou toda cortada e eu, sem nada poder fazer, vendo o grito de dor nos olhos de meu filho e o desespero tomando conta de meu ser também. 
Quando amanheceu a segunda-feira, consegui contato com o quartel, vieram buscá-lo de ambulância, o levantaram à força, mesmo com os gritos, colocaram em uma cadeira de rodas e se foram, me dizendo que o levaria para o HCE (Hospital Central do Exército). Esperei, rezando, o resultado, o dia se passou e à noite, por volta de 6 da tarde, me ligaram, avisando que meu filho tinha sido operado às pressas, pois ele não teve uma crise de gastrite e sim de apendicite, que eu deveria ir para o Hospital acompanhá-lo.
É ver o mundo desabar diante de seus olhos, mas tentar se manter de pé, firme, esquecer a sua dor para tomar conta da dor do próximo e eu não estava pronta para o que viria a seguir...

(continuarei, com certeza, esse post, breve)


 

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